João de Oliveira e Silva
(1867 - 1916)
Professor Primário
Vamos aproveitar a oportunidade para mais uma vez chamar a atenção para o que de errado está no nome que atribuiram ao primeiro professor oficial que deu aulas em Pinhal Novo.
No tempo da feitura do livro que conta o 'nascimento' da capela de São José de Pinhal Novo, já tínhamos a informação do nome correcto do professor, como pode confirmar-se ao ler-se o rodapé da página 84 do referido livro, editado pela Junta de Freguesia de Pinhal Novo em 2007.
Porque os nomes não coincidiam e, já depois de editado o livro, pareceu-me que seria 'interessante' procurar o porquê de o nome não coincidir.
Uma pequena pesquisa sobre este cidadão João, que foi professor oficial em Pinhal Novo, deu como resultado a confirmação do nome correto do professor a quem a autarquia homenageou, dando o seu nome (mas errado) a uma rua de Pinhal Novo.
Já passaram dez anos sobre a anotação correta do nome do professor num livro editado pela Junta de Freguesia de Pinhal Novo e o erro continua!
Atente-se no assento que está no Livro de Baptismos da paróquia de São Pedro de Palmela.
Consta no registo nº184 com data de 1 de Outubro de 1867 que o João, nasceu em Palmela no dia 22 de Setembro de 1867, sendo filho legítimo de José de Oliveira e Silva, proprietário e de Maria José ambos naturais de Palmela, onde casaram e são moradores na rua da Água Russa.
Os avós paternos, Manuel de Oliveira Saco e Mariana de Jesus, e os maternos Manuel Joaquim de Oliveira e Maria Rita.
O pai do João tinha por apelidos Oliveira e Silva e seria lógico que o filho tivesse os ditos apelidos. Na realidade como mais á frente se verá, o João herdou os apelidos do pai.
O casamento do professor em Sarilhos Grandes
O pároco Manuel Frederico Ribeiro da Costa, no Livro de Registos de Casamentos do ano de 1899 na paróquia de São Jorge de Sarilhos anotou no registo nº 6 o seguinte:
«Ao 5 de Setembro de 1899, na igreja paroquial de São Jorge do lugar de Sarilhos Grandes concelho de Aldeia Galega, compareceram os nubentes João de Oliveira e Silva e Joaquina Maria Ribeiro que sei serem os próprios, com todos os papéis do estilo corrente e sem impedimento algum canónico: Ele de 31 anos, solteiro, professor oficial, natural e baptizado na freguesia de São Pedro de Palmela, concelho de Setúbal, morador na freguesia de Santa Quitéria de Meca, concelho de Alenquer,(...) filho legítimo de José de Oliveira e Silva e de dona Maria José de Oliveira e Silva também naturais da vila de Palmela. Ela de 27 anos, solteira, de ocupação doméstica, natural baptizada e moradora nesta freguesia de Sarilhos Grandes, filha legítima de Ismael Ribeiro, natural da vila e concelho de Cantanhede, diocese de Coimbra, e de Ana Maria, natural da vila circunvizinha da Moita, os quais se receberam por marido e mulher e os uni em matrimónio.
Foram testemunhas presentes que sei serem os próprios; Manuel Francisco dos Santos, dona Maria Rosa dos Santos, casados, negociantes, moradores na rua da Costa nº67, primeiro andar, freguesia de São Pedro de Alcântara em Lisboa e João Tavares Basto, solteiro, proprietário, morador na vila e concelho de Aldeia Galega».
Porque os nomes não coincidiam e, já depois de editado o livro, pareceu-me que seria 'interessante' procurar o porquê de o nome não coincidir.
Uma pequena pesquisa sobre este cidadão João, que foi professor oficial em Pinhal Novo, deu como resultado a confirmação do nome correto do professor a quem a autarquia homenageou, dando o seu nome (mas errado) a uma rua de Pinhal Novo.
Já passaram dez anos sobre a anotação correta do nome do professor num livro editado pela Junta de Freguesia de Pinhal Novo e o erro continua!
Atente-se no assento que está no Livro de Baptismos da paróquia de São Pedro de Palmela.
Consta no registo nº184 com data de 1 de Outubro de 1867 que o João, nasceu em Palmela no dia 22 de Setembro de 1867, sendo filho legítimo de José de Oliveira e Silva, proprietário e de Maria José ambos naturais de Palmela, onde casaram e são moradores na rua da Água Russa.
Os avós paternos, Manuel de Oliveira Saco e Mariana de Jesus, e os maternos Manuel Joaquim de Oliveira e Maria Rita.
O pai do João tinha por apelidos Oliveira e Silva e seria lógico que o filho tivesse os ditos apelidos. Na realidade como mais á frente se verá, o João herdou os apelidos do pai.
O casamento do professor em Sarilhos Grandes
O pároco Manuel Frederico Ribeiro da Costa, no Livro de Registos de Casamentos do ano de 1899 na paróquia de São Jorge de Sarilhos anotou no registo nº 6 o seguinte:
«Ao 5 de Setembro de 1899, na igreja paroquial de São Jorge do lugar de Sarilhos Grandes concelho de Aldeia Galega, compareceram os nubentes João de Oliveira e Silva e Joaquina Maria Ribeiro que sei serem os próprios, com todos os papéis do estilo corrente e sem impedimento algum canónico: Ele de 31 anos, solteiro, professor oficial, natural e baptizado na freguesia de São Pedro de Palmela, concelho de Setúbal, morador na freguesia de Santa Quitéria de Meca, concelho de Alenquer,(...) filho legítimo de José de Oliveira e Silva e de dona Maria José de Oliveira e Silva também naturais da vila de Palmela. Ela de 27 anos, solteira, de ocupação doméstica, natural baptizada e moradora nesta freguesia de Sarilhos Grandes, filha legítima de Ismael Ribeiro, natural da vila e concelho de Cantanhede, diocese de Coimbra, e de Ana Maria, natural da vila circunvizinha da Moita, os quais se receberam por marido e mulher e os uni em matrimónio.
Foram testemunhas presentes que sei serem os próprios; Manuel Francisco dos Santos, dona Maria Rosa dos Santos, casados, negociantes, moradores na rua da Costa nº67, primeiro andar, freguesia de São Pedro de Alcântara em Lisboa e João Tavares Basto, solteiro, proprietário, morador na vila e concelho de Aldeia Galega».
Um erro que precisa ser corrigido
Erro que não foi criado por quem se lembrou de homenagear o primeiro professor primário oficial que ensinou em Pinhal Novo. No entanto; teremos de observar que pelo simbolismo que este cidadão representa para Pinhal Novo, deveria ter havido uma pesquisa que tivesse impedido este erro.
Fazendo a correção nas placas toponímicas, restituiremos a verdade ao nome do professor.
Será o minímo que se pode pedir para uma história com verdade, compensando até, a falta de 'visibilidade' que o arruamento escolhido tem.
Em Julho último passaram 130 anos, desde
o primeiro dia de aulas do professor em Pinhal Novo. Aconteceu em 11 de Julho de 1887 na sacristia, mas a sua escola foi 'fechada' em 8 de Outubro desse ano. O professor retornou para Pinhal Novo no ano de 1891 e novamente para ensinar na mesma sacristia. Três habitantes deste nosso sítio, querendo acabar com o problema, (que era a falta de condições na sacristia) mandaram construir de raiz uma escola que seria inaugurada pelo professor João de Oliveira e Silva no dia 24 de Outubro de 1891. Consultando a correspondência recebida na Câmara Municipal de Aldeia Galega, no ano de1896, encontra-se o registo nº404 enviado pela Escola Oficial de Pinhal Novo nº8 respeitante ao boletim mensal com o mapa de frequência e aproveitamento relativos ao mês de Dezembro de 1896.
Também na mesma pasta de correspondência, pode verificar-se que em 19 de Abril de 1895 foi nomeado temporáriamente para Pinhal Novo o professor Eduardo da Encarnação Alves, com um ordenado mensal de 150$000.
(No ano de 1896, o espaço territorial da aldeia de Pinhal Novo a norte da linha ferroviária passou a fazer parte da freguesia de São João Baptista de Alcochete, concelho de Aldeia Galega. O espaço a sul da linha ferroviária, estava englobado na freguesia de São Pedro de Palmela, concelho de Setúbal).
O professor João de Oliveira e Silva, lecionou nos seus últimos anos de vida, na vila de Moita do Ribatejo, onde faleceria em 10 de Outubro do ano de 1916.
Localização da rua: A rua é um entroncamento á avenida da Liberdade. Deslocando-nos no sentido norte, depois de passar o quartel dos Bombeiros e o campo de futebol, à direita aparece a rua com o nome errado, denominada de João Gouveia da Silva.
(No ano de 1896, o espaço territorial da aldeia de Pinhal Novo a norte da linha ferroviária passou a fazer parte da freguesia de São João Baptista de Alcochete, concelho de Aldeia Galega. O espaço a sul da linha ferroviária, estava englobado na freguesia de São Pedro de Palmela, concelho de Setúbal).
O professor João de Oliveira e Silva, lecionou nos seus últimos anos de vida, na vila de Moita do Ribatejo, onde faleceria em 10 de Outubro do ano de 1916.
Localização da rua: A rua é um entroncamento á avenida da Liberdade. Deslocando-nos no sentido norte, depois de passar o quartel dos Bombeiros e o campo de futebol, à direita aparece a rua com o nome errado, denominada de João Gouveia da Silva.
José ManuelCebolaDezembro de 2o17.
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