José Vicente Lopes dos Santos
Ferroviário
Ferroviário
(1875-1957)
Nunca fui nem serei filiado político seja em que facção for. (linha do sul Fev 1990)
Nasceu na Fonte da Vaca no dia 18
de Outubro de 1875. Filho de António Lopes, guarda dos caminhos-de-ferro do
sul e de Alexandrina Augusta Lagarto, os quais haviam casado em Palmela a 24 de
Novembro de 1858.
Quando José Vicente se aproxima
dos quinze anos, seu pai faz um pedido ao director dos caminhos-de-ferro para
que o filho seja admitido na Companhia como praticante, na estação de Pinhal
Novo.
José Vicente Lopes entra para os caminhos-de-ferro
no dia 10 de Setembro de 1889. Cinco anos depois passa a telegrafista, tendo
atingido o posto de chefe de 4ª, em 1894.
Em 1905, casou com uma
senhora natural de Azeitão, de nome Maria José.
Em 1922, depois da
remodelação feita na primeira estação dos caminhos-de-ferro de Pinhal Novo – sei que há quem não aceite este facto da
remodelação da estação, mas estou disponível para provar, através de
documentação aquilo que afirmo –
os cidadãos que moravam na parte sul, se queriam tomar o comboio tinham que vir
passar à frente da moagem e depois entrar na passagem de nível, virando à
direita e ir até à gare que ficava sensivelmente onde está o antigo depósito da
água que nessa época não existia. naquele local.
Então uns quantos
habitantes de Pinhal Novo que moravam no lado sul, tentam junto do director dos
Caminhos de Ferro do Sul e Sueste que o mesmo autorize a abertura de uma cancela na zona que
já referenciámos como sendo próxima do local onde hoje está o depósito da
água.
Encabeça a lista da petição José Vicente Lopes, secundado por Ricardo Lopes Cruz, Casimiro Gonçalves Fulgêncio José Pedro, Jacob dos Santos, Manuel Pires Coelho, Joaquim Maria, Joaquim Jorge, Joaquim Lopes, Bernardo Ramos Gouveia, Luís da Cruz Roque, António Fernandes Belchior, Isidro da Cruz Braço-Forte e Manuel Domingos Macau.
A resposta é negativa, sendo feitos considerandos sobre o funcionamento da cancela o que vai deixar sempre o problema dos habitantes para tomarem o comboio, mesmo já depois de ser instalada a nova estação nos anos trinta. Chegou até aos nossos dias a 'célebre' passagem que nos levava, nesse tempo sim, a passar ao lado do depósito da água.
Encabeça a lista da petição José Vicente Lopes, secundado por Ricardo Lopes Cruz, Casimiro Gonçalves Fulgêncio José Pedro, Jacob dos Santos, Manuel Pires Coelho, Joaquim Maria, Joaquim Jorge, Joaquim Lopes, Bernardo Ramos Gouveia, Luís da Cruz Roque, António Fernandes Belchior, Isidro da Cruz Braço-Forte e Manuel Domingos Macau.
A resposta é negativa, sendo feitos considerandos sobre o funcionamento da cancela o que vai deixar sempre o problema dos habitantes para tomarem o comboio, mesmo já depois de ser instalada a nova estação nos anos trinta. Chegou até aos nossos dias a 'célebre' passagem que nos levava, nesse tempo sim, a passar ao lado do depósito da água.
Decisão dos Caminhos-de-Ferro,
sobre a cancela a sul da estação
José Vicente Lopes acabara de fazer 48 anos de idade,
quando pelo decreto de 2 de Dezembro de 1923 é promovido a Inspector Principal
da Direcção dos Caminhos-de-Ferro do Sul e Sueste.
Reformou-se no ano
seguinte, por incapacidade física. A partir desse momento vai dedicar-se à sua
terra. Para além do seu envolvimento no movimento associativo, passará também a
desenvolver trabalho valiosíssimo na área autárquica.
Ainda nesse ano de
1924, acompanhado por outros cidadãos, fará parte da comissão criada para a construção do cemitério, que seria inaugurado em 25 de Abril de 1925.
Em Julho desse ano de1924 foi
eleito presidente da Sociedade Filarmónica, cargo que voltará a desempenhar em
1931.
Presidente
da Junta de freguesia
Com a criação da
Freguesia de Pinhal Novo em 7 de Fevereiro de 1928, José Vicente é escolhido
para Presidente da Comissão Administrativa, onde se manterá até Dezembro de
1935.
No início do seu
primeiro mandato, consegue que o Oficial do Registo Civil de Palmela, nomeie um
funcionário que seja responsável pelo Posto de Registo Civil em Pinhal Novo.
Em ofício com a data
de 19 de Maio de 1928, dirigido ao doutor Jaime de Barros, oficial do Registo
Civil do concelho de Palmela solicita-se a nomeação do empregado do Registo
Civil
"visto que, o Posto foi justificadamente criado e, importa uma das mais
velhas aspirações,
até certo ponto, uma exigência deste povo".
No dia 17 de Junho de
1928, o funcionário (que era uma senhora) comunica à Junta de Freguesia de
Pinhal Novo que havia tomado posse do lugar de ajudante do posto do registo
Civil em Pinhal Novo.
Por pouco tempo…
Em 30 de Junho a
funcionária do registo civil, 'retirou para o Norte'.
O funcionário destacado
para Pinhal Novo por motivos pessoais partiu, mas o serviço continuou a ser
desempenhado pela professora Maria Amália e outras vezes pelo próprio José
Vicente Lopes.
O tal
Posto de Registo Civil que todos continuamos a exigir para Pinhal Novo, já cá
esteve instalado!
Em
Setembro de 1928, em ofício dirigido à Junta de Freguesia de Palmela foi
referido que “estando a fazer absoluta falta, a cobrança da Contribuição
paroquial da Casa António dos Santos Jorge, solicita que se pronuncie acerca
da nossa proposta, que é na parte rústica, ser um terço para Palmela e dois
para Pinhal Novo”. Esta questão foi enviada para a Câmara Municipal de Palmela,
órgão considerado competente para se pronunciar. Em acta da Comissão
Administrativa Municipal do Concelho de Palmela de 4 de Outubro, a Comissão
responde; “que esta Câmara nada tem que ver com esse assunto, entretanto
perfilha o critério de que o imposto da referida propriedade devia ser divido
em partes iguais entre as duas Juntas”
Na
conclusão deste assunto, a Junta de Freguesia de Pinhal Novo, envia à congénere
de Palmela um mapa em que mostra que mais de 50% da propriedade em causa, está,
segundo os mapas, na Freguesia de Pinhal Novo.
ORIGENS E DESTINOS, a CORRESPONDÊNCIA EXPEDIDA DA JFPN
José Vicente Lopes, em Abril de 1933, intervem junto do Director Geral dos Caminhos de Ferro, reclamando a alteração do traçado previsto para a variante da estrada nacional, construida a propósito das obras da nova estação, com passagem sobre as linhas férreas. O ponto de vista de José Vicente Lopes foi aceite ficando livre e com um formato regular o terreno à volta da capela onde se veio a fixar o largo José Maria dos Santos.
O projecto inicial, previa que a estrada que saía da ponte, passasse entre a capela e a casa que mais tarde veio a servir de posto da GNR.
José Vicente Lopes, em Abril de 1933, intervem junto do Director Geral dos Caminhos de Ferro, reclamando a alteração do traçado previsto para a variante da estrada nacional, construida a propósito das obras da nova estação, com passagem sobre as linhas férreas. O ponto de vista de José Vicente Lopes foi aceite ficando livre e com um formato regular o terreno à volta da capela onde se veio a fixar o largo José Maria dos Santos.
O projecto inicial, previa que a estrada que saía da ponte, passasse entre a capela e a casa que mais tarde veio a servir de posto da GNR.
(linha do sul Fev 1990)
José Vicente Lopes,faleceria em Lisboa a
15 de Dezembro de 1957.
JoséManuelCebolaOut.2015
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